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segunda-feira, 4 de abril de 2011

concentração de renda/atualidades

Dados revelados de uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), pela manhã, mostram que o quadro de desigualdades no país e a concentração de renda se mantêm entre os maiores do mundo. Segundo o Instituto, 10% da população mais rica do Brasil detêm 75,4% de todas as riquezas do país. Os dados, segundo o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, seguem para o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). A pesquisa foi realizada, segundo o executivo, como subsídio à discussão sobre a reforma tributária, em curso no Congresso. Ainda segundo a pesquisa a concentração é maior em três capitais brasileiras. A concentração é maior em São Paulo, onde 10% detém 73,4% de toda a riqueza. Esse número cai, em Salvador, para 67% e, no Rio, para 62,9%. Segundo Pochmann, um dos principais responsáveis pela distorção é o sistema tributário em vigor. - O dado mostra que o Brasil, a despeito das mudanças políticas, continua sem alterações nas desigualdades estruturais. O rico continua pagando pouco imposto – disse ele aos jornalistas. Na história brasileira, segundo Pochmann, pouco mudou desde o século XVIII, quando os 10% mais ricos concentravam 68% da riqueza, no Rio de Janeiro, capital do país. Este é o único dado disponível, no Instituto, anterior à atual pesquisa. - Mesmo com as mudanças no regime político e no padrão de desenvolvimento, a riqueza permanece pessimamente distribuída entre os brasileiros. É um absurdo uma concentração assim – disse ele aos jornais paulistas. Na contramão do equilíbrio fiscal pretendido por qualquer nação civilizada, no Brasil os pobres chegam a pagar 44,5% a mais de impostos do que os ricos, conforme mostra a pesquisa a ser apresentada ao CDES. O economista sugere que os ricos tenham uma tributação exclusiva, para conter esse regime de desigualdade, por meio de uma reforma tributária que calcule a contribuição de cada brasileiro conforme sua classe social. - Nenhum país conseguiu acabar com as desigualdades sociais sem uma reforma tributária – disse à versão do diário paulista Folha de S. Paulo para a internet. http://correiodobrasil.com.br/concentracao-de-renda-no-brasil-e-imensa/136367/

Um comentário:

  1. Na minha opinião, é realmente absurda a transparência da desigualdade na concentração de renda no Brasil. Uma parte da população mais rica tem nas mãos 75,4% das riquezas no país, deixando assim apenss 24,6% para a popuação mais pobre. Os 10% mais ricos ganham 28 vezes a renda dos 40% mais pobres, mostra outro dado divugado pelo Ipea.

    Com toda essa desigualdade na distribuição de renda, algumas famílias pobres do Brasil acabam tendo que sobreviver em condições péssimas, com cerca de R$ 151 por mês para arcar com todas suas despesas. Essas famílias, para mim, sobrevivem em condições desumanas, enquanto outras desfrutam de toda sua riqueza.

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