O banco fez uma análise do cenário sócio econômico para os dois anos de 2011/2012. E para aqueles que pensam que a classe C deixará de crescer, a notícia é exatamente a oposta. A nova classe média brasileira deve continuar crescendo, principalmente os seus rendimentos.
Uma análise do crescimento da classe C para tornar-se majoritária na população, atualmente cerca de 52% dos brasileiros pertencem à classe C. Pode ser explicada quando avaliamos o crescimento dos rendimentos das pessoas que detém a menor parcela de riqueza e menor escolaridade.
O crescimento na renda dessas parcelas da população, calcados principalmente no aumento do consumo fez com que houvesse a migração de classes, lembrando que o critério de classificação social no Brasil leva em conta um mix de escolaridade e posse de bens e serviços.
Para o futuro próximo, é esperado que os setores imobiliários e de serviços no geral continuem gerando empregos, puxando os rendimentos dos trabalhadores para cima. O desemprego irá cair a níveis muito baixos, próximos de 5% no final de 2012.
Também é esperado um aumento da classe B, dessa vez amparado por um aumento na escolaridade das pessoas, já que o consumo de bens deve crescer a níveis inferiores aos verificados nos últimos anos. As classes A e E tendem a ficar muito pequenas.
Todos sabem que nos últimos 20 anos, particularmente depois da estabilização econômica de 1994, a economia brasileira começou a avançar em bases mais sólidas, em um contexto de maior crescimento econômico e maior controle da inflação. Um dos indicadores mais impressionantes dessa transformação é a evolução do PIB per capita no conceito de paridade de poder de compra.
A paridade do poder de compra foi concebida pelo Banco Mundial, como uma forma de poder comparar países que tinham custos de vida muito diferentes. Esse indicador mede a evolução média da renda dos brasileiros em valores correspondentes aos que eles gastariam se estivesse comprando os mesmos produtos de sua cesta de compras nos Estados Unidos e não no Brasil.
Por esse indicador, nosso PIB per capita dobrou nos últimos 20 anos, tendo atingido um valor superior a 10 mil dólares por pessoa, segundo o World Development Indicators, do Banco Mundial. Vale notar que o principal momento de expansão do crescimento econômico brasileiro no período recente se verificou depois de 2003. De fato, enquanto o PIB per capita no conceito adotado apresentou uma taxa de crescimento de 4,5% ao ano no período de 2000 a 2009, na década anterior a taxa de crescimento observada foi de 3,0% ao ano.
Na minha opinião, um dos motivos que geram a má distribuição de renda no Brasil,é a falta de acesso a uma educação de qualidade e a histórica discriminação racial.
ResponderExcluirPara que a concemtração de renda possa ser diminuída,é preciso um aumento do salário mínimo,aumentos superiores ao do custo de vida,aumento do emprego formal e também a Bolsa Família.