Páginas

domingo, 24 de abril de 2011

AS POSTAGENS FEITAS-GISELE

POSTAGENS:
Trabalho infantil-15/03/2011
Ataque terrorista de 11 de setembro-16/03/2011
Charges sobre as tragedias no japão-23/03/2011
Distibuição de renda no Brasil-23/03/2011
A crise no Egito-23/03/2011
Noticia-23/03/2011
Quanto vale a Amazônia-30/03/2011

COMENTÁRIOS:
Trabalho infantil-postado por Vitória Ribeiro no dia 23/03,comentado por mim no mesmo dia
Após 13 anos de luta contra o cancer,José Alencar morre aos 79 anos-postado por Luisa kleim no dia 29/03,comentado por mim no dia 31/03
Atualidade-postado por Bruno Algusto no dia 07/04,comentado por mim no dia 08/04

obrigada pela atenção

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Nova Etapa!

Prezados alunos, a proposta do blog continuará para a segunda etapa e espero que os trabalhos sejam realizados com eficácia e criatividade.

As regras serão as seguintes:

* Cada aluno deverá fazer quatro postagens.



* Cada aluno deverá fazer dois comentários sobre as postagens dos colegas.



* Cada postagem deverá ser feita em um mês no período de maio a agosto de 2011.



* Serão no total três postagens de acordo com os temas trabalhados em sala e um tema livre.


* Não poderá ser feita postagem igual a do colega ou seja, a mesma notícia.



* As novas postagens começarão em 4/05/2011 e finalizarão no dia 3/07/2011.









MINHAS POSTAGENS

 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

POSTAGEM LIVRE

Fotógrafo capta criaturas luminosas no oceano

Joshua Lambus/Solent 
Joshua Lambus/Solent
Lula e peixe registrados por Joshua Lambus
O fotógrafo Joshua Lambus, de 25 anos, costuma documentar minúsculos animais marinhos luminosos no mar do Havaí durante mergulhos em águas profundas na região.
A coleção impressionante de imagens produzidas por Lambus inclui águas-vivas, polvos, lulas, camarões e diversos tipos de peixes brilhantes. Boa parte deles tem até 4 cm de comprimento.
Os animais foram encontrados a grandes profundidades na costa da ilha Havaí, a maior do arquipélago.
Segundo Lambus, as fotos são tiradas em mergulhos noturnos. De barco, ele vai até cerca de cinco quilômetros longe da costa e mergulha na completa escuridão.
O fotógrafo acumula imagens feitas durante mais de 400 mergulhos em águas profundas.
Ele diz que "falta de luz e de referências é o mais próximo que posso imaginar de estar no espaço".
http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/fotografo-capta-criaturas-luminosas-no-oceano-20110413.html 

quarta-feira, 13 de abril de 2011

BULLYING

O que é bullying?

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas
O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
"É uma das formas de violência que mais cresce no mundo", afirma Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bullying: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz . Segundo a especialista, o bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança e locais de trabalho. 
O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa.
Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas, difamatórias ou separatistas podesm apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que influencie traços da personalidade. Em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/bullying-escola-494973.shtml
 

quarta-feira, 6 de abril de 2011

AUMENTO DA CLASSE MÉDIA NO BRASIL

Nos últimos cinco anos, com a forte aceleração econômica a partir de 2006, cerca de 20 milhões de brasileiros passaram para a classe C. Eles vieram, em sua grande maioria, das classes D/E.
A classe C, que foi a mais cortejada pela indústria e pelo comércio nos últimos tempos, encontra-se com sua renda já comprometida com diversas prestações: internet, TV a cabo, empréstimo consignado, eletrodomésticos, carro etc. A Classe C passou a ter liberdade de consumir em uma área antes desconhecida. Com a estabilização da economia, a Classe C começa a aventurar-se na aquisição de bens de consumo até há pouco tempo restrito às classes A e B, enquanto as classes mais baixas começam a conhecer aquilo que a classe C já teve acesso. As classes D e E passaram a ser olhadas com mais carinho pelos empresários porque estão saindo do estágio de consumo de subsistência.
Como vem ocorrendo com a Classe C, as classes D e E cortejadas pelos bancos e pelos empresários começam a ter acesso ao crediário e a contas bancárias, facilitando a obtenção do crédito, e conseqüentemente a aquisição de bens antes restritos a Classe C.
O Governo Federal vem fazendo a sua parte na distribuição de renda através das Bolsas Família, Escola, Fome Zero, Gás, dentre outras. É através desta ajuda governamental, que incentiva o estudo e a profissionalização,  que a maioria das famílias brasileiras vem conseguindo superar a linha da pobreza, passando a adquirir bens antes praticamente impossíveis.
 http://www.logisticadescomplicada.com/o-brasil-suas-classes-sociais-e-a-implicacao-na-economia/
 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

DESMATAMENTO NO BRASIL

O desflorestamento assim inicialmente chamado começou desde que os portugueses descobriram o país e não parou mais, porém só hoje é que as autoridades estão dando certo valor ainda não suficiente para acabar, mas o sinal de preocupação já é um grande passo. O desmatamento se iniciou no Brasil devido ao valor que o pau-brasil tinha na Europa ao ser comercializado, então os portugueses queriam lucrar com isto dando início a exploração de toda a Mata Atlântica, a madeira do pau-brasil era muito usada para a confecção de moveis, tingimento de tecidos e instrumentos musicais o que gerava caravelas carregadas de toras da madeira para o comercio europeu. Já com a exploração da Mata Atlântica chegou à vez da Amazônia,que teve milhares de hectares tomados por madeireiras que se instalavam ilegalmente para fazer a exploração, as duas florestas são as maiores vítimas por serem também as mais importantes para o país, porém isso ocorre em todo o Brasil.
Outro grande fator que influenciou o desmatamento no Brasil e em todo o mundo foi à urbanização as maiores metrópoles sofreram um surto urbano o que levou a construção de muitos edifícios, pólos industriais, rodovias e propriedades privadas voltadas ao comércio fazendo com que diminuísse as áreas verdes gerando conseqüentemente o crescimento populacional e desenfreando o problema e o que acontece em todo o mundo que devasta áreas importantes verdes por descuido, desleixo ou simplesmente interesses econômicos como é o caso de fazendeiros que em busca de aumentar área de criação de gado ou a cultivação agrícola, são as queimadas inclusive nas épocas de estiagem entre os meses de junho e agosto em todo o mundo além de meuitos outras fatores.
Para evitar este problema todos devem se unir para cada um fazer sua parte por isso evite comprar moveis sem fiscalização e selo de garantia, quando compram estará contribuindo para o desmatamento ilegal, plante árvores, incentive as crianças a este hábito, não jogue bitucas de cigarro e nem queime terrenos e áreas nativas, além de destruir a flora, ou seja, toda a vegetação presente está destruindo o habitat de muitos animais e consequentemente colocando-os em risco de extinção.
http://www.blogers.com.br/o-desmatamento-no-brasil/
      

     
http://www.blogers.com.br/o-desmatamento-no-brasil/ 
 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Concentração de renda no Brasil

 A distribuição de renda no Brasil é uma das mais desiguais no mundo. São os desvios conseguidos pela elite brasileira para financiar o desenvolvimento econômico em prol de luxo e status, programas do governo que muitos ainda acreditam atender às necessidades básicas da população pobre, no entanto só contribuem para aceitação da monstruosa situação vigente e entre muitos outros assuntos que necessitam de uma maior preocupação de todos nós.

Os objetivos sociais são: a educação de qualidade para as crianças (que vivem numa situação de grande abandono), saúde para todos, diminuição do modelo concentrador de renda (o estado brasileiro cobra impostos de todos, inclusive dos muitos pobres) e como sem falta, a alimentação do povo brasileiro, que por mais absurdo pareça, tem seres humanos que estão comendo restos de lixos e estes restos são detritos de seres humanos. É imoral e violento para um país que possui um desenvolvimento econômico por conta das exportações de alimentos, sendo apenas uma minoria, a elite, que desfruta desregradamente desses privilégios.
É válido ressaltar, que programas governamentais como bolsa família, contribuíram para a melhora no quadro de distribuição de renda do país e para um “conforto” à sociedade carente e desprivilegiada, entretanto, não chega a atingir ou beneficiar aqueles brasileiros que a situação de vida é a moradia na rua, a solidão e a miséria, como no caso daqueles que comem carne de gente, que recorrem a práticas canibais remotas de selvageria, dos nossos índios, se é que estes tinham necessidades de selvageria como aqueles têm.
O drama que o Brasil ainda passa com má distribuição de renda, deixando muitos brasileiros em condições precárias, é fato. No entanto, cabe a nós reivindicarmos e buscarmos soluções para a melhoria da nossa sociedade, com uma mutação ética para com a elite, dotada de privilégios, ou com ações governamentais que amenizem tamanha desigualdade social, ou prosseguiremos para um futuro de horror, onde a pobreza e práticas canibais apenas estarão em outra modernidade.
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/39303/1/-Concentracao-de-renda-e-Brasil/pagina1.html#ixzz1IbGw9K24 
 

sábado, 26 de março de 2011

TERREMOTO NO JAPÃO(TRABALHO DE ATUALIDADES)

O devastador terremoto de 8,9 graus de magnitude na escala Richter registrado nesta sexta-feira no Japão, o mais grave da história do país, provocou um número extremamente alto de vítimas, chegando a 2000 mortes. O tremor for sentido ainda em Tóquio e provocou um tsunami que deixou centenas de mortos na cidade de Sendai.
O Governo enviou 8 mil militares para os trabalhos de resgate às áreas afetadas, sobretudo às províncias mais afetadas enquanto se decretou estado de emergência em uma usina nuclear de Fukushima, o que levou à evacuação de 3 mil pessoas de áreas próximas.
O terremoto destruiu edifícios, provocou incêndios e paralisou o transporte no nordeste do Japão, enquanto em Tóquio os edifícios tremeram e os serviços ferroviários e do metrô foram suspensos, impedindo milhares de pessoas de retornar a suas casas.
As ondas chegaram a dez metros de altura e causaram grande devastação em muitas cidades do litoral nordeste do Japão, levando em sua passagem carros, edifícios e navios.Após o forte terremoto, os tremores continuaram até primeiras horas do sábado (horário local) no Japão.
Em Oarai, na costa de Ibaraki, o mar invadiu a terra e, em frente ao porto da cidade, provocou a formação de um redemoinho, tão forte que arrastou uma lancha.
Trata-se do país mais bem preparado do mundo para enfrentar esse tipo de tragédia, mas a magnitude do terremoto provocou vários prejuízos.
Uma das grandes preocupações é o estado das usinas nucleares.
Na usina nuclear de Fukushima, o terremoto provocou problemas no sistema de ventilação e elevou o nível de radiatividade em um dos edifícios que abriga um reator.
A principal preocupação agora é que na situação atual possa haver um escapamento de vapor radioativo.Mesmo assim, as autoridades japonesas declararam uma "situação de emergência nuclear" na central atômica de Fukushima Daiichi, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O país sofreu um número "extremamente alto" de vítimas e pediu à população que esteja preparada para novas réplicas que, segundo ele, poderiam alcançar a mesma intensidade que o terremoto original.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2011/03/11/terremoto-no-japao-provoca-numero-elevado-de-vitimas-e-pode-ter-replicas.jhtm
 

sexta-feira, 25 de março de 2011

TRABALHO INFANTIL


O trabalho infantil é exercido por cerca de 3,7 milhões de crianças e adolescentes no Brasil, o que coloca como o terceiro país da América Latina que mais inviabiliza a infância, segundo dados da Unicef. 
As causas principais são: a pobreza e o desemprego crescentes, que acabam servindo como justificativa para aqueles que empregam esses jovens ou mesmo os que se defrontam diariamente com meninos vendendo balas nos sinais, engraxando sapatos nos grandes centros, entregando panfletos nos calçadões ou colhendo algodão nos campos.
O fato é que muitos desses pequenos cidadãos são a favor de seu direito de trabalho, mas de forma digna, ao contrário da exploração a que são sujeitados.
Pelo serviço, crianças e adolescentes, principalmente do sexo masculino, recebem um pequeno salário, sem direito à carteira assinada e férias, muito embora a legislação brasileira determine que o trabalho é proibido para menores de 16 anos.
Atualmente, a OIT afirma que a maioria dos trabalhos infantis dividem-se na agricultura, pesca e atividades de caça ; seguidos por comércio e serviços domésticos. Não entram nessa estatística dados de crianças envolvidas com o tráfico de drogas, delitos ou prostituição, por serem difíceis de serem identificados pelas pesquisas de opinião .
No meu ponto de vista o governo deveria expandir as instituições que visam melhorar a situação do Brasil e propiciar uma vida mais digna das pessoas para que não haja a necessidade do trabalho infantil.
Fonte:http://www.comciencia.br/200405/reportagens/07.shtml
                                        Gabriela Diniz Agostinho _ 8oano
 
MEUS COMENTÁRIOS

1 comentários:


Gabi diniz disse...
A prática do bulling tem como característica principal o isolamento social da vítima, além dos problemas psicológicos,entre outros.O bulling tem que ser combatido desde já, pois pode causar transtornos ainda piores no futuro.
Gabi diniz disse...
Na minha opinião é uma ótima iniciativa do governo. O programa vai beneficiar várias famílias e, consequentemente combate a fome, a pobreza e as condições suburbanas em que vivem algumas famílias do Brasil.
Gabi diniz disse...
É crítica essa situação , por que em alguns casos extremos, o bullying chega a afetar o estado emocional do jovem de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
 
 

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Recomeçar!

Fico feliz pelo desafio de fazer um blog e  ter dado certo. Vocês estão de parabéns! Houve apenas a ausência de alguns, mas espero que a próxima etapa haja mais envolvimento destes alunos ausentes. Os comentários e as análises são excelentes.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atualidades

São paulo - A presidente Dilma Rousseff anunciou que a Foxconn, empresa que atua na montagem de produtos eletrônicos para marcas como Apple e Sony, deverá investir US$ 12 bilhões (R$ 18,9 bilhões) em uma fábrica no Brasil em até seis anos. A unidade brasileira produzirá displays para tablets como o iPad e outros eletrônicos, como celulares.

A empresa, que já tem cinco fábricas no País, anunciou que montará iPads em território brasileiro a partir de novembro.

Dando mais detalhes sobre o projeto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que o investimento vai gerar 100 mil empregos, entre eles para 20 mil engenheiros. Além disso, a Foxconn construiria uma "cidade do futuro" para 400 mil pessoas, onde seria instalada a fábrica.


O investimento foi anunciado pelo presidente e fundador da Hon Hai (controladora da Foxconn), o taiwanês Terry Gou, durante reunião com Dilma.

Mercadante destacou ainda que o acordo para o investimento inclui pontos fundamentais para o governo como transferência de tecnologia e sócio brasileiro (o que ainda não foi definido).


Um carregamento com componentes para a montagem dos iPads já está a caminho do Brasil em contêineres embarcados a partir da Ásia, que hoje concentra a fabricação dos produtos Apple. A previsão de chegada é de até dois meses. Estudo da Apple no país mostra que há demanda por ao menos 5.000 iPads mensais. Se combinadas com incentivos, até questões sensíveis são resolvidas.

"A fabricação de tablets da Apple e componentes de celulares é meramente um sintoma que caracteriza o Brasil como um novo player e parceiro comercial chinês, que terá novas oportunidades de negócio e novas estratégias para ampliar sua competitividade frente ao mundo, no setor tecnológico, além de firmar-se como um possível distribuidor de produtos com maior valor agregado. Em três anos o processo de fabricação dos tablets e outros componentes será totalmente feito com inovação brasileira, por meio de tecnologias similares a desenvolvida na China, assim, grande parte dos itens da fabricação serão", explicou Paulo Pinto, presidente da Transaex.

ATUALIDADES

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A relatora especial da Organização das Nações Unidas sobre a violência sexual em situações de conflito criticou na quinta-feira o Conselho de Segurança da ONU por não mencionar essa questão em duas recentes resoluções sobre a Líbia.

Em discurso ao Conselho, Margot Wallstrom disse que as medidas contra a violência sexual deveriam ser "automática e sistematicamente incluídas" nas medidas destinadas a proteger civis, como é o caso das resoluções a respeito da Líbia.

"Do contrário, as intervenções nas linhas de frente podem relegar a segurança das mulheres a aspectos laterais", afirmou.

Ela lembrou que, ainda em dezembro passado, o Conselho de Segurança adotou uma resolução listando medidas que deveriam ser adotadas para coibir casos de violência sexual em situação de conflito.

"E, apesar disso, as resoluções 1.970 e 1.973 sobre a Líbia não mencionam o risco de violência sexual - um risco que é real demais nos contextos de uma escalada de turbulências ou deslocamentos em massa", afirmou.

As duas resoluções, aprovadas em 26 de fevereiro e 17 de março, impuseram sanções aos líderes líbios e uma zona de exclusão aérea sobre o país, considerando que essas seriam "todas as medidas necessárias" para proteger os civis, enquanto rebeldes lutam para derrubar o governo.

A relatora, uma política sueca, ganhou destaque no seu atual cargo por causa das declarações incisivas desde que foi empossada, no ano passado. Ela afirmou que as condições de direitos humanos descritas nas resoluções frequentemente sinalizam um agravamento da violência sexual.

"No entanto, quando não está explicitamente incluído nos mandatos e nas discussões políticas correlatas, a pergunta dificilmente é feita", disse ela. A resolução 1.970, acrescentou, seria uma "oportunidade para que o conselho lançasse o alerta".

Ela citou o caso da líbia Eman al Obaidi, que esteve no mês passado num hotel usado por jornalistas em Trípoli, dizendo que havia sido estuprada por milicianos favoráveis ao regime de Muammar Gaddafi.

"Embora possa não ser óbvio que o gênero tenha a ver com embargos de armas ou zonas de exclusão aérea, precisamos nos lembrar das mulheres", declarou a relatora.

Três dos 15 embaixadores atualmente no Conselho de Segurança - de EUA, Brasil e Nigéria - são mulheres, uma proporção elevada para os padrões desse órgão.

Wallstrom elogiou o Conselho por ter mencionado a violência sexual em uma resolução de 30 de março sobre a Costa do Marfim, onde houve relatos de agressões sexuais aparentemente com motivação política. Os incidentes, disse ela, devem ser levados em conta quando o mandato das forças de paz da ONU no país africano for revisto, o que deve ocorrer em breve.

Ela se disse animada também com o aparente endurecimento das punições à violência sexual por parte dos líderes da República Democrática do Congo, onde milhares de estupros, alguns cometidos por soldados do governo, foram relatados nos últimos anos no turbulento leste do país.

ARTES

Artistas promovem volta ao mundo através do desenho
Compartilhar


Fotografia digital já virou moda acessível para quase todo mundo. Qualquer lugar ou evento é constantemente bombardeado por milhares por câmeras ou celulares. Na contramão dessa tendência, um grupo de artistas e entusiastas procura retratar o mundo de uma forma bem mais subjetiva e tradicional: pelo desenho. Trata-se do Urban Sketchers, uma comunidade de amantes dessa arte.


Lisboa, Alemanha e Barcelona dentre os vários lugares retratados em todos os continentes

Tudo começou dentro do site de compartilhamento de fotos Flickr, com um grupo criado em 2007 pelo jornalista e ilustrador espanhol Gabriel Campanario. O objetivo era integrar artistas que faziam desenhos de cenas urbanas nos sketch books, aqueles caderninhos de anotações com ou sem pauta, ao redor do mundo.



Desenhos de todos os cantos do planeta começaram a ser postados e ficou fácil conhecer o trabalho feito por artistas, arquitetos, designers ou qualquer outro entusiasta dos sketchs. O grupo cresceu, ganhou um blog e virou uma organização sem fins lucrativos. O objetivo é desenvolver o gosto pelo desenho com integração de artistas e técnicas. A ONG também organiza doações para projetos sociais.

Qualquer pessoa pode submeter seus desenhos no grupo, mas para centralizar a produção em vários pontos do globo, Campanario escolheu 100 correspondentes oficiais. São artistas de seis continentes que postam diariamente imagens de suas cidades e viagens. O Brasil conta com três correspondentes, todos em São Paulo: o ilustrador João Pinheiro, a artista plástica Juliana Russo e o arquiteto Eduardo Bajzek.

Dê uma volta pelo mundo do desenho!



O Urban Sketchers propõe uma interessante forma de descobrir o mundo através dos desenhos de artistas que conhecem detalhes que muitas vezes passam despercebidos por olhares não tão atentos. Lisboa, Istambul, Bangkok... cidades ao redor do globo são representadas em desenhos que variam de estilos e formas, segundo cada autor.

“É um retorno a uma visão mais pessoal. A fotografia ficou um pouco saturada, perde um pouco do humano. O desenho traz mais isso”, afirma João Pinheiro, um dos correspondentes no Brasil. O ilustrador foi convidado a participar do Urban Sketchers em novembro de 2008 após ter seu trabalho descoberto no site Diário Gráfico e desde então não parou de contribuir para a comunidade.

“Foi minha grande escola, um grande aprendizado. Hoje meu trabalho pessoal é feito quase em torno do caderno. Antes procurava em apresentar um trabalho final, mas com os comentários de outros membros, passei a achar a espontaneidade do esboço legal. Tento levar essa espontaneidade do desenho de caderno para a ilustração”, conta.

A exibição mundial dos trabalhos também reflete em novos contatos profissionais. Pinheiro destaca que já recebeu propostas de trabalho a partir da divulgação de seus desenhos no site. “Você publica um trabalho e em pouco tempo já tem comentário. Você fica mais visto. Não tem sentido em fazer cultura se não tiver público”, completa.

Técnicas e encontro brasileiro

Os desenhos divulgados pelo Urban Sketchers possuem os mais variados estilos, desde representações bem próximas do real, até traços mais simbólicos. São trabalhos em preto e branco ou coloridos.

“Eu uso caneta nanquim e pincel basicamente. Trabalho com ilustração. Então sou obrigado a usar tablet e outras ferramentas, mas sempre tive apreço pelo desenho antigo, ao preto e branco. Acho que tem mais a ver com a minha visão de São Paulo”, define.

O grupo promoveu em novembro do ano passado o primeiro Simpósio Internacional de Urban Sketching, em Portland, nos Estados Unidos. O próximo será entre 23 e 26 de julho em Lisboa. Além disso, algumas flash mobs são organizados ao redor do mundo para encontros coletivos de desenho.

Artistas brasileiros que gostam do suporte também planejam criar uma espécie de “filial” do Urban Sketchers no país. “Ainda está só na ideia, mas estamos vendo a possibilidade de divulgar melhor os trabalhos de tantos artistas em São Paulo, Minas, pelo país”, diz Pinheiro

Artes

Futebol-arte

Depois de anos sendo definido de forma pejorativa como “romântico” (isto é, distante da realidade), ultrapassado em tempos pragmáticos, eis que o futebol-arte volta a ganhar as manchetes das editorias de esporte. Vem turbinado por dois fenômenos atuais – o Barcelona e o Santos. Guardadas proporções e diferenças, ambos praticam o jogo de maneira criativa e esteticamente agradável. Vê-los é uma festa para os olhos e não apenas pela criatividade de um Messi ou de um Neymar, mas pelo brilho do jogo coletivo que praticam. E assim como o Barcelona tem seguidores no mundo todo e não apenas na Catalunha, o Santos desperta admiração não somente em sua própria torcida, mas entre os adversários e aficionados sinceros do esporte – quer dizer, entre todos aqueles que gostam do futebol bem jogado e apreciam a sua beleza, para além das paixões nacionais ou clubísticas. O futebol-arte é a pátria dos que amam esse esporte.

Outros times, ao longo do tempo, mereceram esse tipo de admiração. O Real Madrid de Di Stéfano jogava por música, assim como o Santos de Pelé. Algumas seleções marcaram época por seu jogo bonito, como a Hungria de 1954, a Holanda de 1974 e o Brasil de 1958 e 1970. Sobre esta última, o historiador Eric Hobsbawm disse que, quem a tinha visto jogar, não poderia mais negar ao futebol a qualidade de uma grande arte. Eram times que encantavam e provocavam suspiros nos espectadores. A estreia de Pelé e Garrincha contra a União Soviética em 1958 produziu páginas de admiração de vários cronistas. Poderíamos invocar Nelson Rodrigues, mas este era brasileiro, nacionalista e hiperbólico. No entanto, um escritor neutro, testemunha do jogo, registrou que, naquele início de partida, o Brasil havia produzido os cinco minutos mais frenéticos da história do futebol mundial. Foi quando o time, comandado no meio de campo por Didi, e tendo os estreantes Garrincha e Pelé no ataque, liquidou com os russos e seu “futebol científico” com uma sucessão de investidas fulminantes. Foram duas bolas na trave em questão de minutos de jogo, produtos de dribles e passes mágicos, em velocidade e fluência estonteantes. O Brasil ganhou o jogo por 2 a 0. Fora o baile, segundo cronistas.

O futebol-arte pode existir em vários países, mas talvez o Brasil seja, ou melhor, foi um dia, seu praticante mais assíduo. Aqui floresceu o beautiful game, fruto de um trabalho cultural que adoçou e arredondou o rígido jogo britânico com a ginga, a finta, o passe em curva, o jeito sutil de bater na bola. Gilberto Freyre descreveu esse processo de aculturação no prefácio de O Negro no Futebol Brasileiro, livro clássico de Mário Filho. Nele, evoca a contribuição da capoeira e do samba no abrasileiramento do jogo da bola pela miscigenação afro-brasileira. Mesmo que se relativize essa tese, subsiste, até hoje, a ideia bem razoável de que o caldeirão étnico sul-americano mostra-se mais propício à produção de craques esfuziantes como Maradona, Pelé, Garrincha e Messi, ficando os europeus com a racionalidade do jogo, sua organização mercadológica, disciplina tática e marcação defensiva rígida, que são de fato os seus pontos fortes.

Como toda dicotomia, esta também tem seus limites. Todo futebol-arte, ofensivo por definição, também precisa marcar, ao menos para recuperar a bola e poder tratá-la bem, assim como o futebol-força precisa manter uma dose mínima de invenção, ao menos para surpreender o adversário de vez em quando e ganhar os jogos. Mas é claro que, se esse tipo de maniqueísmo futebolístico precisa ser evitado, também não se pode negar que existam diferenças – e bem evidentes – entre as escolas e estilos do futebol.

Em 1970, o ensaísta, poeta e cineasta (e também jogador nas horas vagas) Pier Paolo Pasolini, impressionado com a seleção brasileira que ganhou o tricampeonato no México, cunhou a distinção entre o “futebol de prosa”, europeu, e o “futebol de poesia”, brasileiro. Futebol de poesia: a expressão parece particularmente feliz para descrever jogadas como as que foram vistas naquela Copa: um genial drible de corpo no goleiro, uma tentativa de gol de longa distância, passes milimétricos e em curva, mudanças surpreendentes de posição no campo de jogo, etc. Pura “poesia”. Deslocamento do sentido original que, como no poema escrito, produz impressão de surpresa e arrebatamento. Epifania, aquele tipo de iluminação estética que pode ser provocada por um verso de Rimbaud ou por uma finta de Pelé. Já o futebol de prosa funciona pelo rigor matemático dos passes retilíneos e as triangulações com que seus praticantes se aproximam do gol adversário. Pode ser belo, também.

O futebol-arte venceu em inúmeras ocasiões e perdeu em outras. Para ficar apenas na seleção brasileira, ganhou nas Copas de 1958, 1962 e 1970. Perdeu na de 1982, com aquela maravilhosa equipe de Sócrates, Falcão, Zico & Cia derrotada pela Itália de Zoff, Paolo Rossi e Gentile. Não era mau time, esse da Itália, e acabou campeão do mundo. Jogava seu futebol de prosa com extrema eficiência. O problema é que essa derrota brasileira funcionou como argumento definitivo para os defensores do futebol de resultado. Como se, em uma única partida, o futebol-arte tivesse ruído e sido condenado à obsolescência para todo o sempre. A partida, jogada no Estádio de Sarriá, em Barcelona, foi um divisor de águas, senha para uma nova mentalidade que ganhou corpo com a vitória do futebol pragmático da seleção brasileira em 1994, da qual fazia parte o técnico Dunga.

E não é que, quando se supunha morto e enterrado, o futebol-arte revive? E, além de reviver, passa a ganhar títulos? É o caso da seleção da Espanha que, com seu jogo vistoso e ofensivo, torna-se campeã da Eurocopa em 2008. Caso do Barcelona, atual campeão europeu de clubes. E do Santos, com seus moleques geniais, que se aproximam do primeiro título de suas vidas profissionais. Sem nunca ter morrido de fato, o futebol-arte reaparece e, para surpresa de muitos, mostra-se eficiente e vencedor. Sugerindo que talvez não haja contradição entre um certo romantismo e a obtenção de resultados. Como se para fazer boa prosa fosse também preciso ter alguma queda pela poesia.

Atualidades

Pesquisas sobre hábitos culturais dos brasileiros revela avanços.

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (12) sobre os hábitos culturais dos brasileiros mostrou alguns avanços. Mas também o muito que ainda precisa ser feito.

Quantos livros você leu no ano passado? Quantas vezes foi ao cinema ou ao teatro? Essas perguntas foram feitas para mil pessoas em 70 cidades. Quase metade dos entrevistados não fez nenhum dos programas culturais citados na pesquisa da Federação do Comércio.

Ao todo, 66% deles não leram um livro sequer nos 12 meses de 2010. Mais de 90% não entraram em uma sala de teatro, não visitaram exposições de arte e nem viram espetáculos de dança. Ir ao cinema ou a shows também são opções de lazer de uma minoria.

Mas os números são melhores que em 2009, quando essas atividades culturais não faziam parte da vida de 60% dos brasileiros.

Mesmo no centro da cidade, no meio do caminho de tanta gente, ainda são poucas as pessoas que sabem o que existe no museu que abriga a historia da arte brasileira. A pesquisa também aponta a principal razão para isso: não é preço. Os brasileiros admitem que é a falta de hábito mesmo.

“Hoje, nós temos muitos projetos sociais pautados pela cultura como meio de mudança social. Então, a tendência é que a gente melhore para os próximos anos”, aponta o coordenador de pesquisa da Fecomércio-RJ, Christian Travassos. Criar esse hábito é um desafio para o país.

Em uma família, o incentivo começou quando as meninas ainda eram bebês e já ouviam histórias.

“Através do livro a gente descobriu a vida de pintores. Aí fomos a museus, fomos a exposições. Através do livro, a gente conheceu a história de músicos. Aí aguçou a vontade de entrar nesse universo da música”, aponta a pedagoga Sílvia Ferraz.

Os livros e a arte traçaram os rumos das vidas de Marina, Lorena e Diana - jovens que aprenderam a ler melhor o mundo. “Você é uma pessoa comum sem a cultura. A cultura te enriquece. Você se torna uma pessoa independente dos outros aspectos”, comenta Diana Ferraz, de 16 anos.http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/04/pesquisa-sobre-os-habitos-culturais-dos-brasileiros-revela-avancos.html

Bullying/Atualidades

Como saber se seu filho sofre ou é autor de bullying, uma prática que não é brincadeira de criança

Carolina Marques Tamanho do texto A A A “Girafa”, “vovó sem dente”, “substantivo abstrato”, “cafona”, “desdentada”, “feia”, “piolho” ... Estes foram os apelidos nada delicados que F.G.C.S, de 21 anos, recebeu durante toda a infância e adolescência, nos colégios pelos quais passou. Não era uma brincadeira inocente.

— Os ataques começaram quando eu tinha 4 anos e se prolongaram. Hoje, sofro de síndrome do pânico e vi minha vida destruída por pessoas sem coração — desabafa F.

Casos como os dela proliferam no mundo. Se o comportamento de alguém ou de um grupo agride, verbal ou fisicamente, de forma insistente, isso se chama bullying. O termo tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

A prática é a que mais cresce no mundo e preocupa autoridades, pais e professores.

— As vítimas de bullying, normalmente, são aquelas fora dos padrões de beleza impostos por um grupo ou sociedade — explica a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro "Bullying e Cyberbullying — O que fazemos com o que fazem conosco?".

Maria Tereza deixa claro em sua pesquisa que existem três grupos: os agressores, as vítimas e os espectadores do bullying. E ressalta que uma vítima pode ser também um praticante:

— É como se ele precisasse descontar em outro. Comumente, a vítima também oprime alguém, reproduz o comportamento do agressor. Não é útil ver a vítima como totalmente frágil e o autor totalmente "fortão".


Sinais de alerta

Mas como saber se seu filho ou aluno está inserido num dos grupos de bullying e não pensar que o assunto é frescura ou uma brincadeira de criança?

— Medo de ir à escola, material escolar destruído ou rasgado, dinheiro ou merenda roubada constantemente, enjoos e dores de cabeça nas horas que antecedem a ida para o colégio ou a queixa destes sintomas antes da hora da saída ou do recreio, queda no rendimento escolar e vontade de mudar de escola. Se seu filho tem algum destes sintomas, fique atento — diz o educador Gustavo Teixeira, em seu livro "Manual antibullying".

ARTES/Leonardo da Vinci

Exposição homenageia Leonardo da Vinci
Com abertura para sexta-feira, a mostra se inicia no mesmo dia do aniversário de nascimento do pintor
Para comemorar o aniversário de Leonardo da Vinci, nesta sexta-feira - dia em que se completam 559 anos do nascimento do pinto - será aberta uma exposição em homenagem ao pintor na Uniasselvi/Assevim (Rua Gregório Diegolli, 35, Bloco A, São Luiz), de Brusque. O evento é gratuito e ocorrerá às 20h. A mostra expõe réplicas de trabalhos de engenharia _ como o parafuso aéreo (que inspirou o helicóptero), tanque de guerra, paraquedas (que cientistas conseguiram fazer voar quinhentos anos depois de Da Vinci desenhar o projeto) e também obras de arte, como é o caso da famosa Santa Ceia.

Na vez de Brusque receber as réplicas - a mostra já passou por Blumenau e Guaramirim - há novidades. Durante as edições anteriores, os pesquisadores da mostra descobriram que Da Vinci também foi cozinheiro. Dessa vez serão distribuidas cartilhas com as principais receitas preparadas pelo pintor. Você pode conferir algumas dessas receitas nesta quarta-feira, no blog Dedo de Moça. A visitação segue por 45 dias, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, das 13h às 22h, sábado, das 18h às 12h

atualidades - EUA rejeitam pedido francês de retomar bombardeios na Líbia

Os Estados Unidos rejeitaram o pedido da França de retomar seus bombardeios contra alvos das forças do líder líbio Muammar Kadafi, disse nesta quinta-feira em Berlim o chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, depois de se reunir com sua colega americana, Hillary Clinton.

"Os Estados Unidos continuarão na mesam linha, ou seja, fornecendo aviões de forma pontual", assegurou Juppé à imprensa, ao dar conta de sua conversa com Hillary.

"Disse (a Hillary) que precisávamos deles. Gostaríamos que retornassem" à primeira linha de operações, completou o francês.

Washington liderou inicialmente a ofensiva internacional contra as forças de Kadafi, mas se retirou para o segundo plano no início do mês, desejando evitar envolver-se em um novo conflito no exterior, depois de Iraque e Afeganistão. Juppé declarou que a força militar americana seria "particularmente útil".

Os Estados Unidos mobilizaram em torno de 50 aviões de combate para as operações na Líbia na semana passada, depois de terem transferido o controle da missão à Otan, mas o Pentágono informou na quarta-feira que as aeronaves americanas atacaram alvos da defesa aérea três vezes desde então.

A Grã-Bretanha e a França, que estão realizando uma série de ataques aéreos na Líbia, pressionaram os aliados da Otan para contribuir com mais aviões e para intensificar os ataques aéreos contra as forças de Muammar Kadafi.

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse mais cedo que os comandantes da aliança precisavam de mais aeronaves de "alta precisão", mas que não tinham recebido nenhum compromisso firme por parte de governos.

Não há futuro com Kadafi, afirmam Sarkozy, Obama e Cameron

Os líderes de França, Estados Unidos e Grã-Bretanha, Nicolas Sarkozy, Barack Obama e David Cameron, afirmam que "é impossível imaginar um futuro para a Líbia com Kadafi", em artigo assinado pelos três e que será publicado nesta sexta-feira pela imprensa francesa, americana, britânica e árabe. Eles destacam a necessidade de dar prosseguimento às operações militares para acelerar sua partida e permitir uma transição.

"Não se trata de afastar Kadhafi pela força. Mas (...) é impensável que qualquer um que queira massacrar seu povo desempenhe um papel no futuro governo líbio", escrevem os presidentes francês e americano e o primeiro-ministro britânico nos quatro jornais. "Isso condenaria, além disso, a Líbia a ser não apenas um Estado pária, mas também um Estado falido", prosseguem os três dirigentes no artigo que será publicado porLe Figaro, Times de Londres, International Herald Tribune e Al-Hayat, estimando que "qualquer compromisso que mantenha (Kadafi) no poder se traduziria por mais caos e anarquia".

Para acelerar a partida do número um líbio, Obama, Cameron e Sarkozy consideram que "a Otan e os parceiros da coalizão devem manter suas operações, para que a proteção aos civis seja mantida e que a pressão sobre o regime aumente". "Então poderá começar a verdadeira transição de um regime ditatorial para um processo constitucional aberto a todos, com uma nova geração de dirigentes", acrescentam eles.

Se consideram que a ONU e seus membros deverão "ajudar o povo líbio a reconstruir os que foi destruído por Kadafi", os quatro líderes lembram, no entanto, que "é o povo líbio, e não as Nações Unidas, que escolherá sua nova Constituição, elegendo novos dirigentes e escrevendo o próximo capítulo de sua história". Apesar de repetirem que "Kadafi deve partir, definitivamente" para permitir esta transição, Cameron, Sarkozy e Obama pedem de imediato "um fim real da violência que se traduz por atos, não por palavras" e estimam que "o regime deve se retirar das cidades que cerca (...) e fazer retornar seus soldados às casernas".

Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da
Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.

A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques deFrança, Reino Unido e Estados Unidos.