Preço do dólar varia com câmbio livre e deixa consumidores confusos
Alguns pagam caro quando viajam para fora do Brasil. A cotação do dólar no mercado é uma, mas, na hora de comprar, tem diferença.
Nem todo mundo sabe, mas quando viaja para fora do Brasil paga caro. A cotação do dólar no mercado é uma, mas, na hora de comprar, tem diferença. Mesmo com preço oficial de compra e venda, tem que pesquisar para não gastar mais.
Câmbio livre, quem vende, dá o preço, fechado segundo a procura e a oferta como qualquer outro produto, embora às vezes o Banco Central até entre nesse mercado comprando ou vendendo. Quando acha necessário. Por isso, com câmbio livre, a cotação do dólar que vemos nos jornais é diferente daquela que usamos para comprar dólares quando viajamos, e varia tanto.
O sonho agora cabe no bolso. Dólar em baixa significa passaporte carimbado.
Pelo país inteiro, aeroportos cheios. Com mais dinheiro, a nova classe média aproveita. Metade dos que pretendem viajar para o exterior este ano ganha entre três e dez salários mínimos. São três milhões de novos turistas. A economista Larissa Carvalho vai para Miami pela primeira vez, mas não conseguiu comprar dólar tão barato quanto esperava.
Em uma corretora de cambio, a funcionária explica o porquê da diferença de preço. “No caso você sabe que esse é o valor turismo. Não é o valor comercial, não é o valor que sai na televisão”, informa a atendente.
O cambio turismo não existe mais, e isso não é de hoje. Há seis anos, para diminuir a burocracia para as empresas brasileiras, o governo unificou os câmbios turismo e comercial. O mercado financeiro define o valor da moeda, ou seja, a cotação, para os negócios entre os bancos. Depois disso, o dólar e o euro passam a ser um produto como outro qualquer. Quem decide o preço para o consumidor é quem vende.
Para o economista José Ricardo da Costa e Silva, falar em cotação do câmbio turismo confunde as pessoas que precisam saber que não há um preço fixo do dólar. “O caminho é para se tornar cada vez mais concorrente e mais livre esse mercado. A dica para quem quer comprar dólar para viajar é pesquisar”, recomenda.
Fazer um mau negócio só se for uma emergência. Apenas nos dois primeiros meses do ano, janeiro e fevereiro, os brasileiros gastaram no exterior mais de US$ 3 bilhões: 40% a mais do que no mesmo período do ano passado.
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