Os preços dos alimentos, principalmente dos hortifruti, iniciaram abril pressionando a inflação em Belo Horizonte. Dos cinco itens que mais contribuíram para a alta de 0,73% do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na primeira semana do mês, quatro são do grupo alimentício. A batata apresentou variação de 20,09%, o quiabo teve seu preço reajustado em 41,12%, os gastos com restaurantes ficaram 0,99% mais caros e a cebola subiu 22,73%. Na semana imediatamente anterior, o IPC-S havia sido de 0,66%.
Os motivos para a elevação dos preços são a menor produção e a maior demanda. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, é normal uma escalada nos preços dos alimentos neste período devido a fatores climáticos. As chuvas ou o sol forte prejudicam algumas culturas em determinados momentos do seu ciclo, o que restringe a oferta agora.
Na central de abastecimento CeasaMinas, o preço do quiabo no atacado fechou março com alta de 172% em comparação com fevereiro. O milho verde subiu 95%, a cebola, 48%, e a batata registrou alta de 34%. Dentre as frutas, a manga ficou 26% mais cara, o abacaxi teve alta de 13% e a laranja fechou março com 10% de elevação ante fevereiro.
De acordo com o chefe do Departamento Técnico da CeasaMinas, Wilson Guide, a alta dos preços no grupo in natura também é reflexo das tendências de consumo no Verão e início do Outono. A demanda do consumidor cresce justamente quando as culturas do grupo in natura sofrem uma queda de oferta. Por causa do calor, as pessoas procuram consumir alimentos mais leves, privilegiando no cardápio saladas e frutas.
No levantamento de preços praticados na CeasaMinas, o valor médio do quilo dos produtos hortifrutigranjeiros subiu de R$ 1,21, em fevereiro, para R$ 1,30, em março. Um acréscimo de 7,4%.
No mesmo período, os industrializados também subiram, mas em menor intensidade. Eles saíram de R$ 2,16 para R$ 2,24 o quilo, alta de 3,7%.
A elevação dos preços no atacado tem um reflexo menor e mais lento nos preços finais para o consumidor, já que os preços de tabela podem sofrer variações dependo do poder de barganha da empresa de varejo. Entretanto, uma parte é sempre repassada ao consumidor final.
A inflação dos alimentos no atacado foi captada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que registrou alta de 0,55% nos primeiros dez dias de abril. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que tem peso de 60% no IGP-M, variou 0,63% até o dia 10 deste mês. Os alimentos processados contribuíram ao registrar alta de 1,05% neste começo de abril.
Realmente a inflação colocada em cima dos alimentos é muito grande, e infelismente lamentamos pelo aumento do preço dos alimentos, pois é uma coisa que usamos diariamente e não podemos desfazer, é claro.
ResponderExcluirMas os alimentos em geral, sua produção tem épocas, por exemplo, existe plantações que na época das chuvas morre, e a fazenda entra em queda alta, o que provoca alta dos preços de sua venda para não ter prejuísos com sua lavoura.
O mesmo acontece nas épocas da seca, em diferentes plantações, e aumentando preço de outros alimentos, causando o aumento do preço dos alimentos o ano inteiro, gerando polêmica para a população.