Centenas de milhares de egípcios vão às ruas há mais de uma semana para exigir a saída do presidente Hosni Mubarak, que está no poder há quase 30 anos. Em resposta, o presidente já anunciou que não disputará a reeleição, mas que pretende permanecer no poder até que um sucessor seja escolhido. Os protestos começaram em 25 de janeiro, quando milhares de egípcios se reuniram na Praça Tahrir, no centro do Cairo, depois de uma mobilização realizada pela internet, inspirada no levante da Tunísia. Os protestos foram em sua maioria pacíficos, mas a ONU estima que cerca de 300 pessoas já morreram em confrontos relacionados às manifestações. Os manifestantes exigem a saída imediata de Mubarak. As multidões acusam o governo de repressão, fraudes eleitorais, corrupção e de ser responsável pela pobreza e pelo desemprego no país. Os participantes também querem garantias de que o filho de Mubarak, Gamal, não será o próximo presidente. Em seu primeiro discurso após o início dos protestos, feito no dia 28, ele anunciou a demissão de seu gabinete de governo, empossando Ahmed Shafiq como novo primeiro-ministro e Omar Suleiman, ex-chefe da inteligência egípcia, como vice-presidente - cargo que nunca antes havia sido ocupado durante o regime. Mubarak designou publicamente Shafiq para implementar reformas democráticas e medidas para aumentar o nível de emprego. O presidente também determinou que o novo gabinete - cujos membros ainda não foram nomeados - combata a corrupção e restaure a confiança na economia.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/02/110202_egito_qa_rp.shtml
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