Brasil: imagem nunca foi tão positiva
Naím aceitou o argumento, mas fez questão de manter o rótulo de "milagre", porque, lembrou, países que crescem muito tendem a aumentar a desigualdade (é o caso da China). É esse ambiente amplamente amável e simpático que encontrou a delegação brasileira que apresentou a nova administração, na sessão batizada "Panorama do Brasil".
Nela estiveram três representantes do governo federal (Luciano Coutinho e Alexandre Tombini, presidentes do BNDES e do BC, e Antonio Patriota, o novo chanceler). Estiveram também Frederico Fleury Curado (Embraer) e Renato Augusto Villela, secretário de Finanças do Rio. A sessão sobre América Latina permitiu antecipar quais serão as observações que o público de Davos tende a apresentar à comitiva brasileira.
Diz, por exemplo, Ricardo Hausmann, diretor do Centro para o Desenvolvimento Internacional da Escola Kennedy de Harvard: "Minha preocupação sobre o Brasil é que a política fiscal é muito relaxada, o que leva a uma política monetária excessivamente dura". Tradução: como o governo gasta muito, é preciso manter juros elevados no combate a inflação. Consequência: atração de capital, apreciação da moeda e risco de desindustrialização.
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