No mesmo dia em que o Tribunal de Justiça do Rio revelou denúncia de um plano para matar outro magistrado, dezenas de juízes e desembargadores promoveram um ato por mais segurança.
BRASILIA E RIO - Motivada pelo assasinato da juíza Patricia Acioli, em Niterói, na semana passada, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) anunciou ontem para 21 de setembro um protesto por mais segurança e melhor estrutura para os magistrados. Ontem, no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça do Rio confirmou ter recebido denúncia de um plano para matar um juiz que decretou a prisão de policiais ligados á mádia dos caça-níqueis no Estado, um grupo fez uma homenagem á juíza em frente á sede do órgão.
O juiz ameaçado é Alexandre Abrahão, da 1ª Vara Criminal de Bangu, na zona oeste do Rio. A denúncia foi feita na terça-feira, depois do assassinato de Patricia Acioli, que era conhecida pelo combate ao crime organizado em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Detalhes do plano foram informados ao serviço Disque-Denúncia, que os repassou a seis órgãos de segurança. Segundo a denúncia a morte de Abrahão foi encomendada por Rogério de Andrade, sobrinho do bicheiro Castor de Andrade, ue disputa o mercado de caça-níqueis com Fernando Iggnácio, genro do falecido bicheiro. Andrade teria o apoio de 39 PMs de um mesmo batalhão para cometer o crime. Informações detalhadas sobre o cotidiano do juiz, como o carro que ele usa e o número de policias que fazem a escolta dele foram repassadas pelo denunciante anônimo.
Durante o protesto de ontem,(quinta-feira 18/08) dezenas de juízes e desembargadores fizeram um minuto de silêncio em memória de Patrícia Acioli e caminharam de mãos dadas até a entrada do prédio do TJ-RJ. Na mobilização marcada para o mês que vem, mais de mil juízes e promotores são esperados,para participar de atos públicos no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma pauta de reivindicações deve ser entregue ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Entre elas, a criação de um órgão colegiado de juízes criminosas e da Polícia do Judiciário
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