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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Atualidade/Redes Sociais

Redes sociais são mais acessadas pelo celular


Filas de banco ou a sala de espera do médico já não são mais um suplício para a cantora Juliana Sinimbú. “Ao menor indício de chatice, puxo o celular”, conta. Há muito com o que se distrair. A lista de suas contas em redes sociais incluem facebook, Twitter, Foursquare, Instamgram, What’s Up! e Voxer.

“Acesso muito a internet pelo celular. Virou um vício. Não é mentira”, garante. “Entro todo dia para fechar agenda, manter contatos e me divertir”.



NOVOS HÁBITOS

O que a cantora considera compulsão, na verdade, é um indicativo dos novos hábitos dos usuários brasileiros de telefonia móvel. De acordo com o estudo da empresa de consultoria americana Pyramid Research, divulgado no último dia 27, os dispositivos móveis vão se tornar a plataforma preferida de acesso aos sites de redes sociais na América Latina. Segundo o levantamento, 96% da população latino-americana on-line acessa alguma rede social na região. O número deve alcançar os 98% - o equivalente a 229,1 milhões de usuários - até 2015.

“O que é a internet hoje, as redes sociais? Elas são lugares de convivência. Pessoas existem dentro delas. Portanto, elas querem existir de forma mais confortável, querem se sentir cada vez mais presentes”, analisa a professora Kalynka Cruz, doutoranda pela PUC e Sorbone e mestre em Tecnologia da Inteligência.

Em 2010, ela teve a oportunidade de acompanhar a transformação do município de Belterra, após a implantação de uma antena 3G de uma empresa de telefonia. Até 2009 o município de 16 mil habitantes, distante cerca de 200 quilômetros de Belém, não possuía serviço de telefonia móvel.

A pesquisa da Faculdade de Comunicação da UFPA, com apoio da Vivo, intitulada “O celular e a bicicleta: um estudo de caso sobre a chegada da tecnologia na cidade de Belterra”, teve como objetivo avaliar a influência das novas tecnologias na população local.

“O celular veio substituir a bicicleta, que era o principal meio de dar recados e colher informações. As pessoas buscaram uma melhoria na sua formação, a vontade de aprender aumentou. Aquelas pessoas se sentiram integradas, parte do mundo”, relata.

A pesquisa demonstra que, após a chegada da tecnologia na região, 90% das pessoas acreditam que o celular mudou seu dia a dia para melhor. 43% dos alunos entrevistados já utilizam a internet para fazer pesquisas e 20% deles estão matriculados em cursos a distância.



Do engajamento à fofoca, tudo à mão

Na opinião do produtor cultural Pio Gibson, 34, a preponderância do celular para acessar a rede se deve à praticidade. “É meu escritório ambulante”, define. “Tudo meu está conectado com o aparelho. Uso muito pouco o telefone para fazer ligação. Para ser sincero, tenho preguiça de falar ao telefone. Só por mensagem ou e-mail”.

Como aponta, dentro do seu universo profissional, as redes sociais estão ocupando um espaço cada vez maior. “É onde me relaciono com clientes, divulgo material e faço contatos”, conta. “Elas são ferramentas de marketing poderosas. Elas têm um poder de repercussão enorme”.



PARA O MUNDO


Não são meras conjecturas do produtor musical. No começo de setembro, um flagrante de violência que ele registou com seu celular ganhou uma considerável repercussão. O vídeo mostrava uma moradora de rua com necessidades especiais sendo espancada por dois seguranças no mercado Ver-o-Peso, em Belém. As cenas foram parar no Jornal Hoje, da rede Globo.

“A coisa foi se espalhando no Twitter à medida que aumentava a indignação das pessoas. As redes sociais têm esse caráter libertário, democrático. Elas são uma mídia sem intermediários”, conjectura.

O smartphone pode até se tornar uma eventual ferramenta de transformação social, mas, na prática, os objetivos de seus usuários parecem não ser tão nobres assim. “Informação e fofoca fica fácil pelo celular”, admite Moacir Almeida, 18, estudante de Letras.

Internauta confesso, o celular para ele é uma espécie de sala de estar virtual, onde se reúne com os amigos. “Posto fotos, falo no MSN. É incrível como sempre tem assunto”, brinca.

Como razões do uso do celular, ele também cita a praticidade de estar online aonde for. Mas o limite da mania vai até onde o orçamento permite. O telefone consome R$ 30 de seu orçamento, divididos entre o acesso à internet e mensagens de texto. “Só não falo mais por falta de grana”, lamenta. (Diário do Pará)


Fonte:http://diariodopara.diarioonline.com.br/N-144922-REDES+SOCIAIS+SAO+MAIS+ACESSADAS+PELO+CELULAR.html

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