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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Atualidades - Preço alto reduz padrão de moradia da classe média

Imóveis caros e juros nas alturas estão obrigando a classe a reduzir o padrão de qualidade do primeiro apartamento. Morar na Região Centro-Sul, ou comprar um apartamento acima do simples, é um sonho cada vez mais difícil de se concretizar. Pra famílias com renda inferior a R$10 mil, e que não possuem poupanças para a entrada, os financiamentos oferecidos por bancos públicos e privados são suficientes apenas para a compra de apartamentos de padrão popular, equivalentes aos incluídos no programa Minha Casa, Minha Vida.

O problema está na recente escalada dos preços dos imóveis, nos juros dos financiamentos e no teto legal de comprometimento da rendo com o pagamento das prestações, de 30%. Essa conjunção de fatores impede a contratação de financiamento acima de R$260 mil para famílias com renda abaixo de R$10 mil, enquanto o imóvel padrão desejado por essas famílias (três quartos em bairro de classe média), hoje, não custa menos que R$40 mil.

Atualmente, estão colocadas opções de crédito imobiliário pelos bancos públicos e privados. Uma delas é o Minha Casa, Minha Vida, programa federal voltado para famílias com renda inferior a R$ 4,9 mil, com juros subsidiados e recursos provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FG- TS). Nesse caso, só podem ser financiados imóveis de até R$150 mil, dentro de Belo Horizonte, ou até R$130 mil, nos demais municípios da Região Metropolitana. As taxas de juros variam de 4,5% e 8,6% ao ano.

Uma série de bancos fez simulações de financiamento para duas famílias hipotéticas, nenhuma das simulações mostrou ser possível a compra do imóvel. Para a família com renda de R$6 mil, que por lei poderia pagar prestações de, no máximo R$1.800, seriam liberados financiamentos apenas para imóveis com preços entre R$136 mil e R$155 mil, valores equivalentes aos dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida, que podem custar até R$150 mil, mas nos quais os juros anuais são, no mínimo, a metade dos pagos nos financiamentos de mercado. Já as simulações para a família com renda de R$10 mil, os valores liberados pelos bancos giraria entre R$230 mil e R$260, já que o valor da prestação não poderia ultrapassar R$3 mil.

Notícia retirada do Jornal Hoje em Dia.

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